O PARADIGMA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O conceito de
desenvolvimento humano segundo CARVALHO
(1993) e PNUD/IPEA (1996), é mais amplo que o
conceito de desenvolvimento econômico puramente associado à ideia de crescimento econômico. Isto porém, segundo esses autores, não significa
contrapô-los. E que, na verdade, em longo prazo, nenhum país pode manter ou
aumentar o bem-estar de sua população,
se não experimentar um processo de crescimento que implique aumento da produção
e da produtividade do sistema econômico. Em função disso, o crescimento
econômico é condição necessária para o desenvolvimento humano. No entanto, para
que o desenvolvimento seja pleno e os benefícios do progresso sejam, se não
possível a todos, mas pelo menos para
uma grande parcela da população, devem ser observadas algumas questões como bem
mostra o texto que segue, extraído também de PNUD/IPEA (1996), ou seja:
Þ Respeitar e Cuidar da Sociedade e dos Seres Vivos. Deve-se ter como objetivo a
partilha justa dos benefícios e dos custos decorrentes do uso de recursos e da
conservação do meio ambiente entre as diferentes comunidades e grupos
interessados, entre aqueles que são pobres e aqueles que tem muito, e entre as
atuais geração e aquelas que nos sucederão.
Þ Melhorar a Qualidade da Vida Humana. O verdadeiro objetivo do desenvolvimento é
melhorar a qualidade da vida humana. O crescimento econômico é um importante
componente do desenvolvimento, porém não pode ser um objetivo isolado. Pois, o
desenvolvimento só é verdadeiro quando melhora a Qualidade de vida em todos os
seus aspectos.
Þ Conservar a vitalidade e a diversidade ambiental. O desenvolvimento baseado na
conservação deve incluir providências no sentido de proteger a estrutura, as
funções e a diversidade dos sistemas naturais, ou seja: proteger os sistemas de
sustentação da vida (o clima, o ar, a água e solo); conservar
a biodiversidade; Assegurar o uso sustentável de recursos renováveis (o
uso é sustentável quando se mantém dentro dos limites da capacidade de
renovação daquele recurso): minimizar o esgotamento de recursos
não-renováveis (Minérios, petróleo, gás e carvão são recursos
não-renováveis. Ao contrário das plantas, peixes ou solo, eles não podem ser
usados de forma sustentável.
Þ Estabelecer Políticas que tragam
um equilíbrio entre a capacidade da natureza e a quantidade de pessoas e tipos
de vida devem ser desenvolvidas simultaneamente a tecnologias que aumentem essa
capacidade através de sua cuidadosa administração; modificar atitudes e práticas
pessoais (Para adotar a ética de se viver sustentavelmente, as pessoas
devem reexaminar os seus valores e alterar o seu comportamento. A sociedade deve
promover atitudes que apoiem a nova ética e desfavoreçam aqueles que não se
coadunam com o modo de vida sustentável); e permitir que as comunidades
cuidem de seu próprio meio ambiente (Comunidades organizadas e bem
informadas podem contribuir em muito para decisões que as afetem diretamente e,
ao mesmo tempo, desempenhar um papel indispensável na criação de uma sociedade
segura e sustentável).
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, H. M. de. Desenvolvimento sustentável e padrões de
sustentabilidade: contextualização para o estado do Mato Grosso. Cuiabá :
PNUD, 1993. 37p.
PNUD/IPEA. Relatório dobre
desenvolvimento humano no Brasil 1996. Brasília: PNUD/IPEA, 1997. 185 p.
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