19/07/2015 13h48 - Atualizado em 19/07/2015 13h48
AC tem maior taxa de desmate da Amazônia Legal em 2 anos, diz Sema
Área desmatada passou de 221 km² em 2013 para 312 km² em 2014.
Entre janeiro e junho de 2015, houve 56 focos de calor no estado acreano.
Caio FulgêncioDo G1 AC
Pontos são identificados através de satélites(Foto: Jhonatas Fabrício/Rede Amazônica Acre)
Dados divulgados ao G1 pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), nesta sexta-feira (17), mostraram que, entre os anos 2013 e 2014, o Acre foi o estado com a maior taxa de desmatamento da Amazônia Legal. Os números são baseados no monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo o estudo, somente o estado acreano e Roraima apresentaram variação positiva na taxa. O Acre passou de 221 km² de área desmatada em 2013 para 312 km² em 2014 - um aumento de 43%. Já Roraima teve um crescimento de 37%.
O estudo mostrou que os outros sete estados da Amazônia Legal - com exceção do Amapá, que não teve registro em 2014 - tiveram variação negativa na taxa de desmatamento. Apesar do Acre liderar o ranking entre os anos mais recentes do levantamento, no que diz respeito aos últimos 11 anos, o estado teve diminuição de 57% na taxa. Em 2004, o estado contabilizava 728 km² de área desmatada por ano.
Evolução do desmatamento na Amazônia Legal nos últimos 11 anos (Foto: Divulgação/Sema)
AC registra 56 focos de calor nos entre janeiro e julho de 2015
Em relação às queimadas, o Acre registrou, entre o dia 1° de janeiro deste ano e até esta sexta-feira (17), a ocorrência de 56 focos de calor distribuídos em 14 municípios. De acordo com os dados, Brasileia é a cidade com maior número de registros, 12 no total. Em seguida, aparecemRodrigues Alves e Xapuri com 10 e 7 focos, respectivamente. Cruzeiro do Sul ocupa a quarta posição (5 focos de calor). Rio Branco, capital do estado, apresentou apenas uma notificação de queimada nos seis meses iniciais de 2015.
Em relação às queimadas, o Acre registrou, entre o dia 1° de janeiro deste ano e até esta sexta-feira (17), a ocorrência de 56 focos de calor distribuídos em 14 municípios. De acordo com os dados, Brasileia é a cidade com maior número de registros, 12 no total. Em seguida, aparecemRodrigues Alves e Xapuri com 10 e 7 focos, respectivamente. Cruzeiro do Sul ocupa a quarta posição (5 focos de calor). Rio Branco, capital do estado, apresentou apenas uma notificação de queimada nos seis meses iniciais de 2015.
Em comparação com o mesmo período do ano passado - quando existiu o registro de 87 focos de calor - houve uma diminuição de 35,6%. Em 2014, Brasileia também apareceu no topo do ranking das queimadas distribuídas por município. O motivo pode estar relacionado ao local possuir expressiva atividade agrícola, diz Pedro Longo, diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). No entanto, "não há uma explicação estudada que pudesse ser validada", explica.
56 focos de calor foram registrados no início deste ano (Foto: Divulgação/Sema)
Operação Floresta Viva
A Operação Floresta Viva, iniciada pela Imac no último dia 6, tenta coibir tanto os focos de calor quanto o desmate, segundo Pedro Longo, diretor-presidente do órgão. Ele explica que o trabalho, intensificado durante o período de estiagem na região acreana, tem a meta de alcançar uma diminuição de 80% na taxa de desmatamento até o ano de 2020.
A Operação Floresta Viva, iniciada pela Imac no último dia 6, tenta coibir tanto os focos de calor quanto o desmate, segundo Pedro Longo, diretor-presidente do órgão. Ele explica que o trabalho, intensificado durante o período de estiagem na região acreana, tem a meta de alcançar uma diminuição de 80% na taxa de desmatamento até o ano de 2020.
saiba mais "É feito um levantamento de dados por imagens de satélite, que mostram indícios de atividades irregulares. Depois de identificar as regiões, organizamos equipes para a vistoria in loco aérea e terrestre. É uma operação extraordinária. Identificamos que havia um aumento no desmatamento e precisávamos atuar para evitar", explica.
Como um balanço parcial, o diretor-presidente afirma que já foram vistoriados mais de 500 hectares de terra em 11 municípios do estado. Sem informar a divulgação de números, Longo diz que diversas apreensões já foram feitas.
"Houve apreensões de tratores, motosserras e também são encontrados outros ilícitos, como caças. É apenas o início. Essa operação vai durar todo o período que chamamos de verão amazônico e tem sido muito eficaz, não só pela autuações, mas pela sua característica didática", finaliza.
24/07/2015 09h44 - Atualizado em 24/07/2015 09h44
Ibama aplica R$ 1,4 mi em multas por desmatamentos ilegais no Acre
Multas foram aplicadas durante a operação Cunha Gomes.
Ação iniciou no dia 13 de julho e segue até o final de agosto.
Iryá RodriguesDo G1 AC
53 áreas de desmatamento foram visitadas(Foto: Ibama/Divulgação)
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou R$ 1,4 milhões em multas por desmatamentos ilegais no Acre, na primeira semana da Operação Cunha Gomes, que teve início no dia 13 de julho e segue até o final de agosto. De acordo com o superintendente do Ibama no Acre, Diogo Selhorst, a ação é realizada em conjunto com a Operação Floresta Viva, idealizada pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e a Companhia Ambiental.
Selhorst explica que a operação tem o objetivo principal de controlar o desmatamento e queimadas ilegais no estado do Acre. No primeiro momento a ação ocorreu nos municípios de Porto Acre, Manoel Urbano, Sena Madureira e Bujari.
"Estamos decidindo juntamente com o Imac e Polícia Ambiental, que realiza a Operação Floresta Viva, as áreas de atuação da operação. Então, toda semana estamos fazendo avaliação de onde devemos ir. Com isso, repartimos os esforços", diz Selhorst.
De acordo com o superintendente, a ação contou, na primeira semana, com a participação de dois agentes do Ibama e três da Polícia Ambiental. Após notificarem e multarem os infratores, eles fizeram a apreensão de quatro motosserras e um trator de esteira.
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"Algumas vezes notificamos para que a pessoa apresente documentos ou licenciamento, mas na verdade, já estamos fazendo a autuação no campo mesmo, que é a multa, apreensão, termo de depósito e embargo", explica o superintendente.
Na operação, o total de áreas embargadas totalizou 250 hectares, o equivalente a 250 campos de futebol, de acordo com o superintendente.
Nome da operação
Segundo Selhorst, o nome da operação se refere à divisa entre os estados do Acre e Amazonas, que é chamado de Cunha Gomes. "Temos uma interfase agindo também fora do estado do Acre, no estado do Amazonas. Por conta disso, demos esse nome à operação. Nessa fronteira é onde se concentram esses ilícitos de exploração de madeira", explica.
Segundo Selhorst, o nome da operação se refere à divisa entre os estados do Acre e Amazonas, que é chamado de Cunha Gomes. "Temos uma interfase agindo também fora do estado do Acre, no estado do Amazonas. Por conta disso, demos esse nome à operação. Nessa fronteira é onde se concentram esses ilícitos de exploração de madeira", explica.
AC tem maior taxa de desmate da Amazônia Legal em 2 anos
Dados divulgados ao G1, na última sexta-feira (17), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) mostraram que, entre os anos 2013 e 2014, o Acre foi o estado com a maior taxa de desmatamento da Amazônia Legal. Os números são baseados no monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Dados divulgados ao G1, na última sexta-feira (17), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) mostraram que, entre os anos 2013 e 2014, o Acre foi o estado com a maior taxa de desmatamento da Amazônia Legal. Os números são baseados no monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo o estudo, somente o estado acreano e Roraima apresentaram variação positiva na taxa. O Acre passou de 221 km² de área desmatada em 2013 para 312 km² em 2014 - um aumento de 43%. Já Roraima teve um crescimento de 37%.
Operação Floresta Viva
A Operação Floresta Viva, iniciada pela Imac no último dia 6, tenta coibir tanto os focos de calor quanto o desmate, segundo Pedro Longo, diretor-presidente do órgão. Ele explica que o trabalho, intensificado durante o período de estiagem na região acreana, tem a meta de alcançar uma diminuição de 80% na taxa de desmatamento até o ano de 2020
A Operação Floresta Viva, iniciada pela Imac no último dia 6, tenta coibir tanto os focos de calor quanto o desmate, segundo Pedro Longo, diretor-presidente do órgão. Ele explica que o trabalho, intensificado durante o período de estiagem na região acreana, tem a meta de alcançar uma diminuição de 80% na taxa de desmatamento até o ano de 2020
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